Aspirantes

  Dom Bosco disse: "O que somos é presente de Deus; no que nos transformamos é o nosso presente a Ele"

25 de nov. de 2010

Mamãe Margarida (Festa 25/11)

Margarida Occhiena nasceu no dia 10 de abril de 1788 em Ser­ra di Capriglio, na província de Asti, Itália, sexta de onze filhos. Foi batizada no mesmo dia na igreja paroquial. Seus pais eram camponeses repletos de sinceros sentimentos cristãos.

Desde jovem, Margarida foi uma grande trabalhadora. Os tempos e os compromissos não lhe permitiam estudar, mas seu amor pela oração a enriqueceu com aquela sabedoria que não se encontra nos livros.

Em 1812 casou-se com Francisco Bosco. Francisco tinha 27 anos, era viúvo. Tinha um filho de 3 anos, Antônio, e também cuidava da mãe doente. No ano seguinte nasceu José e, em 1815, João, o futuro Dom Bosco.

Juntos se transferiram para os Becchi, pequeno aglomerado de casas perto de Castelnuovo d”Asti. Em 1817 Francisco morreu de pneumonia. Aos 29 anos. margarida viu-se sozinha: devia levar adiante a família num momento de grande carestia, dar assistência à mãe de Francisco,k cuidar de Antonio e dos pequenos José e João.

Margarida era uma mulher de grande fé. Deus estava sempre em todos os seus pensamentos e em suas palavras. O amor de Deus era tão intenso que formou nela um coração de mãe santa. Educadora sábia, soube conjugar paternidade e maternidade, doçura e firmeza, vigilân­cia e confiança, familiaridade e diálogo, educando os filhos com amor desinteressado, paciente e exigente. Atenta à maneira como iam cres­cendo, ela confiava nos meios humanos e na ajuda divina.

Criou três rapazes com temperamento muito diferente, usando os mesmos critérios, mas com métodos diferentes. Ensinou-lhes o cate­cismo e os preparou para a primeira Comunhão.

Ao ouvir o sonho dos 9 anos de Joãozinho, foi a única que conse­guiu interpretá-lo à luz de Deus: "Quem sabe se um dia não serás sacerdote". Por isso, permitia-lhe ficar junto com meninos menos re­comendáveis para que com ele se comportassem melhor.

A hostilidade de Antônio por causa dos estudos de João a obrigou a afastar o filho menor para que pudesse estudar. Ela o acompanharia até a ordenação sacerdotal. Naquele dia pronunciaria algumas pala­vras que permaneceriam para sempre no coração de Dom Bosco.

Em 1846, Dom Bosco ficou gravemente doente. Margarida cuida­va dele. Foi quando descobriu o bem que ele fazia aos jovens abando­nados. Ao pedido do filho para que ela o acompanhasse, respondeu: "Se você acha que esta é a vontade de Deus, estou pronta a partir".

A presença de Mamãe Margarida transformou o oratório numa família. Por dez anos, sua vida se confundiu com a do filho e com os inícios da Obra Salesiana: foi a primeira e principal colaboradora de Dom Bosco. Tornou-se o elemento materno do Sistema Preventivo. Sem o saber, foi a "co-fundadora" da Família Salesiana.

Morreu em Turim, de pneumonia, no dia 25 de novembro de 1856, com 68 anos. Acompanharam-na ao cemitério muitos meninos que a choraram como se chora a perda da própria mãe. Gerações de Sale­sianos a chamaram e chamarão de Mamãe Margarida.

INÍCIO DO PROCESSO DIOCESANO EM 6 DE FEVEREIRO DE 1995

JOÃO PAULO II DECLAROU-A VENERÁVEL EM 23 DE OUTUBRO DE 2006.


FONTE: www.sdb.org

22 de nov. de 2010

Catequese Liturgica 1 (Liturgia, Sacramento da Unidade)

“Ó Deus, pelos sinais visíveis dos sacramentos realizais maravilhas invisíveis”.

(Oração sobre a água, rito do batismo).


Liturgia, Sacramento da Unidade.

Termo de origem grega com significado primário: “obra pública”, ou seja, serviço da parte do povo e em favor do povo.

Reformulando: liturgia é a obra de Deus realizada pela Igreja e para a Igreja; obra/ ação/ serviço, pelo povo e para o povo; real pastoral, tendo em sua finalidade integrar todo o Corpo Místico de Cristo (batizados) em plena sintonia com Jesus Cristo.

A liturgia é sacramento da unidade, fonte de onde emana toda a força da Igreja, pois a realiza e a manifesta como sinal visível da comunhão entre Deus e os homens por meio de Cristo, é a primordial ligação do humano e do divino, do visível e do invisível que é expresso no rito.

Sacramento, pois a liturgia é sinal visível da realidade escondida do mistério, a obra da salvação que celebramos como Igreja, serva a imagem de Cristo Jesus, participando de seu sacerdócio.

A memória da bem-aventurada paixão, ressurreição e gloriosa ascensão, são os mistérios deste sacerdócio de Cristo por nossa salvação que revivemos em cada liturgia, a obra que se renova.

Vemos assim, quão grande é a importância de nossa real e sincera participação na liturgia, e como se faz cada vez mais necessário o ensino da liturgia nas diversas dimensões catequéticas, pois:

“Toda a celebração litúrgica, como obra de Cristo Sacerdote, e de Seu corpo (Igreja) é uma ação sagrada por excelência, cuja eficácia, no mesmo título e grau, não é igualada por nenhuma outra ação da Igreja”.


Autor: Magno Fonzar

O Sistema Preventivo (Continuação...)

A RAZÃO

O termo “razão” sublinha, segundo a autêntica visão do humanismo cristão, o valor da pessoa, da consciência, da natureza humana, da cultura, do mundo do trabalho, do viver social, a saber, daquele vasto quadro de valores que é como a necessária bagagem do homem na sua vida familiar, civil e política. Na encíclica Redemptor Hominis eu recordei que “Jesus Cristo é o caminho principal da Igreja; esta via leva de Cristo ao homem”.

É significativo observar que, já há mais de cem anos, Dom Bosco atribuía muita importância aos aspectos humanos e à condição histórica do indivíduo: à sua liberdade, à sua preparação para a vida e para uma profissão, à assunção das responsabilidades civis, num clima de alegria e de generoso empenho em favor do próximo. Ele exprimia estes objetivos com palavras incisivas e simples, tais como “alegria”, “estudo”, “piedade”, “sabedoria”, “trabalho”, “humanidade”. O seu ideal educativo é caracterizado por moderação e realismo. Na sua proposta pedagógica há uma união bem realizada entre a permanência do essencial e a contingência do histórico, entre o tradicional e o novo. O Santo apresenta aos jovens um programa simples e, ao mesmo tempo, empenhativo, sintetizado numa fórmula feliz e sugestiva: cidadão honesto, porque bom cristão.

Em síntese a “razão”, na qual Dom Bosco crê como dom de Deus e como tarefa inderrogável do educador, indica os valores do bem, e de igual modo os objetivos a perseguir, os meios e os modos a usar. A “razão” convida os jovens a uma relação de participação nos valores compreendidos e compartilhados. Ele define-a também “bom senso” para aquele necessário espaço de compreensão, de diálogo e de paciência inalterável, no qual encontra atuação o não fácil exercício da racionalidade.

Tudo isto, certamente, supõe hoje a visão de uma antropologia atualizada e integral, livre de reducionismos ideológicos. O educador moderno deve saber ler com atenção os sinais dos tempos para reconhecer os seus valores emergentes que atraem os jovens: a paz, a liberdade, a justiça, a comunhão e a participação, a promoção da mulher, a solidariedade, o desenvolvimento, as urgências ecológicas.

(João Paulo II, Carta Juvenum Patris, 10).

A RELIGIÃO

Segundo termo, “religião”, indica que a pedagogia de Dom Bosco é constitutivamente transcendente, enquanto o objeto educativo último que ele se propõe é a formação do crente. Para ele, o homem formado e amadurecido é o cidadão que tem fé, que põe no centro da sua vida o ideal do homem novo proclamado por Jesus Cristo, e que é testemunha corajosa das próprias convicções religiosas.

Não se trata – como se vê – de uma religião especulativa e abstrata, mas de uma fé viva, arraigada na realidade, feita de presença e de comunhão, de escuta e de docilidade à graça. Como ele gostava de dizer, “colunas do edifício educativo” são a Eucaristia, a Penitência, a devoção a Nossa Senhora, o amor à Igreja e aos seus pastores. A sua educação é um “itinerário” de oração, de liturgia, de vida sacramental, de direção espiritual: para alguns, resposta à vocação de especial consagração (quantos Sacerdotes e Religiosos se formaram nas casas do Santo!); para todos, a perspectiva e a obtenção da santidade.

Dom Bosco é o sacerdote zeloso que refere sempre ao fundamento revelado, tudo o que recebe, vive e doa. Este aspecto da transcendência religiosa, base do método pedagógico de Dom Bosco, não só é aplicável a todas as culturas, mas é adaptável, com fruto, também às religiões não cristãs.

(João Paulo II, Carta Juvenum Patris, 11).

A MABILIDADE OU AMOREVOLEZZA

Enfim, sob o ponto de vista metodológico, a amabilidade (amorevolezza). Trata-se de uma atitude cotidiana, que não é simples amor humano nem apenas caridade sobrenatural. Ela exprime uma realidade complexa e implica disponibilidade, critérios retos e comportamentos adequados.

A amabilidade é traduzida no empenho do educador como pessoa totalmente dedicada ao bem dos educandos, presente no meio deles, pronto a enfrentar sacrifícios e fadigas no desempenho da sua missão. Tudo isto exige verdadeira disponibilidade aos jovens, simpatia profunda e capacidade de diálogo. É típica e mais do que nunca iluminante a expressão: “Aqui, convosco, encontro-me bem; estar convosco é precisamente a minha vida”. Com feliz intuição ele diz claramente: o que importa é que “os jovens não sejam só amados, mas que eles conheçam que são amados”.

O verdadeiro educador, portanto, participa na vida dos jovens, interessa-se nos problemas deles, procura dar-se conta de como eles vêem as coisas, toma parte nas suas atividades desportivas e culturais, nas suas conversas; como amigo amadurecido e responsável, mostra itinerários e metas de bem, está pronto a intervir para esclarecer problemas, para indicar critérios, para corrigir com prudência e firmeza afetuosa, apreciações e comportamentos censuráveis. Neste clima de “presença pedagógica” o educador não é considerado um “superior”, ma um “pai, irmão e amigo”.

Nessa perspectiva, devem ser privilegiadas, antes de tudo, as relações pessoais. Dom Bosco gostava de usar o termo “familiaridade”, para definir o relacionamento correto entre educadores e jovens. A longa experiência convenceu-o de que sem familiaridade não se pode demonstrar o amor, e sem essa demonstração não pode nascer aquela confidência, que é condição indispensável para o bom êxito da ação educativa. O quadro das finalidades a alcançar, o programa e as orientações metodológicas adquirem consistência e eficácia, se marcados por genuíno “espírito de família”, isto é, se vividos em ambientes tranqüilos, alegres, estimulantes.

A este propósito, deve-se ao menos recordar o amplo espaço e a dignidade dados pelo Santo ao momento recreativo, ao desporto, à música, ao teatro ou – como lhe aprazia dizer – ao pátio. É ali, na espontaneidade e alegria dos relacionamentos, que o educador sagaz colhe modos de intervenção, tanto leves nas expressões, quanto eficazes para a continuidade e o clima de amizade em que se realizam. O encontro, para ser educativo, requer um contínuo e aprofundado interesse que leve a conhecer os indivíduos pessoalmente e, ao mesmo tempo, as componentes daquela condição cultural que lhes é comum. Trata-se de uma atenção inteligente e amorosa às aspirações, aos juízos de valor, aos condicionamentos, às situações de vida, aos modelos ambientais, às tensões, reivindicações e propostas coletivas. Trata-se de perceber a urgência da formação da consciência, do sentido familiar, social e político, da maturação no amor e na visão cristã da sexualidade, da capacidade crítica e da justa maleabilidade no desenvolvimento da idade e da mentalidade, tendo sempre bem claro que a juventude não é só um momento de transição, mas um tempo real de graça para a construção da personalidade.

Também hoje, embora num contexto cultural mudado e com jovens de religião também não cristã, esta característica constitui uma dentre tantas instâncias válidas e originais da pedagogia de Dom Bosco.

(João Paulo II, Carta Juvenum Patris, 12)

Fonte: www.salesianos.org.br

Capítulo 5: Pastoral juvenil salesiana e Pastoral da Juventude do Brasil

A pastoral juvenil salesiana, construída sobre o Sistema Preventivo, é nossa forma específica de viver a missão salesiana. As características dessa pastoral são:

· Opção determinante pelos jovens e pelo seu mundo.

· Missão de educar evangelizando e evangelizar educando.

· Experiência comunitária.

· Estilo específico de animação.

· Unidade na diversidade e a organicidade.

· Presença significativa na Igreja.

· Presença significativa no mundo.

AJS e PJ do Brasil: contribuições mútuas

Inseridos e sintonizados com a Igreja, estamos atentos e comungamos com aquilo que a Igreja do Brasil nos orienta a respeito dos jovens. A PJ do Brasil é a voz oficial da CNBB para o trabalho com os jovens. É necessário que a AJS esteja integrada e em sintonia com as orientações da Igreja do Brasil para a pastoral da juventude.

O carisma salesiano oferece contribuições entre as quais:

· o humanismo otimista,

· a visão positiva da vida,

· a acolhida ao progresso,

· a postura crítica diante dos MCS,

· a presença salesiana estimuladora e educativa no meio dos jovens,

· a descoberta e o investimento nas potencialidades juvenis,

· a acolhida e o relacionamento pessoal do educador-pastor com o destinatário,

· a afetividade marcada pelo carinho,

· a simplicidade e a praticidade salesianas,

· a espiritualidade do cotidiano,

· o caráter preventivo do sistema educativo,

· a diversidade de propostas e estilos de vida em grupo,

· a organização de ambientes ricos em propostas educativas,

· o caráter educativo de um ambiente físico,

· a experiência em se trabalhar em equipe (CEP) e em se planejar a ação pastoral (PEPS).

Posturas para uma pastoral orgânica

· Conhecer e aplicar as diretrizes da Igreja do Brasil para a PJ.

· Inserir-se em iniciativas da PJ local.

· Incentivar os jovens a essa caminhada conjunta.

· Participar do processo de organização da juventude católica da Igreja local.

· Abrir-se mais às classes populares e aos jovens marginalizados.

· Oferecer idéias, segundo a rica experiência com grupos juvenis que partem da realidade e do interesse dos jovens, atendem suas necessidades, despertam suas potencialidades e formam lideranças.

· Contribuir na formação de líderes e assessores.

· Descobrir juntos um consistente, atraente e prático itinerário de educação à fé.

· Colocar ambientes, materiais e líderes a serviço da PJ da Igreja local.

· Favorecer iniciativas de parceria, no que diz respeito à formação e eventos juvenis.

· Organizar projetos em consonância com a Igreja local, evitando programações paralelas.

Fonte: www.salesianos.org.br

18 de nov. de 2010

Capítulo 4: O assessor e o coordenador na AJS – papel e perfil

O assessor

A assessoria na AJS se fundamenta na convicção de que em todo jovem há traços do bem a serem descobertos e desenvolvidos.

O assessor da PJ é um cristão adulto, chamado por Deus para exercer o ministério de acompanhar, em nome da Igreja, os processos de educação na fé dos jovens. A assessoria só pode ser exercida por quem fez uma opção pessoal, recebeu o envio por parte da comunidade, com aceitação dos próprios jovens.

Identidade e características do assessor

· Identidade psicológica. Uma pessoa adulta que deve ter a capacidade de entender e acompanhar o processo pessoal e comunitário que os jovens estão realizando. Seu processo de amadurecimento psicológico e de formação humana deve ser constante e permanente.

· Identidade espiritual. É uma pessoa de fé. Vive o seguimento de Jesus na opção que faz pelos jovens. Neles reconhece o rosto de Deus e a voz profética do Espírito. Descobre a presença de Jesus no meio deles. Crê em Deus e crê nos jovens.

· Identidade teológico-pastoral. É uma pessoa chamada por Deus para cumprir uma missão na Igreja, é um enviado da comunidade para anunciar e testemunhar o amor de Deus no meio dos jovens. Deve ser uma pessoa de Deus e de Igreja.

· Identidade pedagógica. É um educador; age de acordo com a pedagogia de Deus, seguindo o modelo que Jesus utilizou com os discípulos. Educa a partir da vida e para a vida. Acompanha os processos pessoais e grupais dos jovens. Como educador, situa-se entre os jovens como amigo maduro e orientador.

· Identidade social. É uma pessoa encarnada em sua realidade social e com um profundo sentido de pertença a ela. Conhece e assume as esperanças e as dores de seu povo, de seus jovens. Procura não ficar passivo diante dos desafios que a realidade apresenta. Sente-se chamado a transformá-la.

· Identidade salesiana. Procura encarnar e transmitir com sua vivência o espírito salesiano; por isso é indispensável conhecer profundamente a espiritualidade juvenil salesiana, estar convencido de suas crenças e ter internalizado seus valores. Tem presente, a partir da vivência – enquanto caminho de santidade dos educadores e dos jovens – do Sistema Preventivo, a centralidade da razão, da religião e do amor. A metodologia do assessor é a da assistência-presença. Busca viver entre os jovens, participando de sua vida, contemplando o seu mundo com simpatia, atento às suas verdadeiras exigências e valores. Vivencia atitudes e valores evangélicos a partir de uma base de realismo prático, de uma atitude de esperança, de uma amizade forte e pessoal com o Senhor ressuscitado, de um sentido responsável e corajoso de pertença à Igreja, de um empenho concreto e operante, ajudando os jovens a serem apóstolos dos jovens. Vive a mística do trabalho apostólico e não trabalha sozinho. Tem presente a criação do espírito de família; ama e demonstra que ama.

Tarefas do assessor

· Em relação a si mesmo. Deve se preocupar com sua formação integral, gradual, permanente.

· Em relação à pessoa do jovem. Acompanham os grupos de jovens, mas aos poucos podem ir assumindo o acompanhamento pessoal de cada jovem. Ajuda o jovem a clarear e definir seu projeto de vida e fazer as opções que configurarão seu ser e agir na Igreja e na sociedade. Deve ser alguém apaixonado pela vida.

· Em relação ao grupo. O assessor cria e favorece clima de amizade, confiança, diálogo, fraternidade, espaços de formação integral, organização, compromisso, experiência comunitária de fé.

· Em relação aos coordenadores de grupos. Oferece a eles formação, subsídios, apoio efetivo na caminhada, a fim de que possam ser um serviço para o exercício dessa liderança.

· Em relação aos outros assessores. Não trabalha sozinho e isolado de seu grupo. É chamado a relacionar-se com os outros assessores, numa partilha de vida, confronto de idéias e experiências, apoio na oração, na reflexão e na avaliação.

· Em relação à sociedade. Situa-se dentro da comunidade social como um adulto enviado ao mundo juvenil. Procurará ajudar os jovens a entender a realidade social, a perceber, respeitar e valorizar as diferentes formas de ver e entender o mundo e a história presentes na sociedade. Procurará ainda ajudar os jovens a encontrarem formas de contribuir para tornar a sociedade mais justa e fraterna.

O coordenador de grupo

Um grupo de jovens não vai para frente nem se sustenta sem um coordenador. Mas quem coordena o grupo deve ser um dos jovens do grupo e não um adulto. O jovem deve estar na linha de frente, deve ser o protagonista, o “ator principal”. Jovens sendo evangelizadores de outros jovens.

Identidade do coordenador

· Simples, atencioso, paciente, amigo.

· Animado e animador, entusiasmado.

· Uma pessoa de fé.

· Disponível e serviçal.

· Pessoa que se capacita.

· Organizado.

Tarefas do coordenador

· Preparar e animar as reuniões do grupo.

· Detectar os anseios, as preocupações, interesses, inquietudes e questionamentos de cada membro e do grupo como um todo para que, juntos, possam chegar a respostas significativas.

· Favorecer a convivência fraterna, o respeito, a alegria, a solidariedade, a criatividade.

· Criar no grupo um clima democrático, estimulando a participação e a co-responsabilidade diante dos objetivos e atividades do grupo.

· Animar a uma verdadeira experiência de Deus na oração, na leitura da Palavra, na celebração viva da fé.

· Apoiar iniciativas que nascem da fé em vista da solidariedade com os pobres e com os que mais sofrem.

· Trabalhar sempre em sintonia e em conjunto com o assessor do grupo.

· Manter contato permanente com os responsáveis das obras e presenças e com outros grupos de jovens de sua realidade, com a PJ paroquial e diocesana.

· Descobrir e potencializar as lideranças do grupo.

Fonte: www.salesianos.com.br

LEITURA ORANTE DA BIBLIA

O PASSO A PASSO... (10 Passos)

1º PASSO: O primeiro passo é a introdução da “leitura orante”, deve se acalmar, fechar os olhos, respirar bem fundo; enfim esse momento é para relaxar.

Deve-se esquecer as preocupações cotidianas, observar o ambiente em nossa volta (se possível colocar alguma música de fundo).


2º PASSO: Ainda calmo, sereno, deve pronunciar alguns MANTRAS* bíblicos para entrar em sintonia com Deus.

Logo após esse momento vamos abrir os olhos e invocar o Espírito Santo (pode ser alguma música, formula espontânea, porem algo de acordo com o momento).

3º PASSO: (Texto e Contexto) nesse momento ler a passagem bíblica escolhida, reler se necessário e escreve - lá com suas própias palavras.

Obs: Se possível ler em mais de uma tradução.

4º PASSO: (Dissecando o texto) Agora, vamos ler de novo o texto anotando:

A- Os personagens.

B- Os lugares.

C- Os verbos, adjetivos, substantivos e etc.

D- Algo sobre o contexto histórico da passagem bíblica escolhida.

5º PASSSO: Fechar os olhos novamente, em pensamento meditar as ligações entre: A, B, C, D.

Ao abrir os olhos , anotar as ligações pensadas e meditadas.

6º PASSO: (O pretexto) Responder: Qual a intenção de terem escrito essa passagem? Por que escreveram essa passagem dessa forma?(Esse momento é o pretexto teológico do texto).

7º PASSO: Trazer a palavra para o Dia a Dia, como posso retransmitir o pretexto, o conteúdo do texto bíblico lido, porem com a cultura, sociedade do século XXI.

Também resumir o significado do texto com uma frase curta.

8º PASSO: Transformar a leitura em oração, “Deus nos solicita através da meditação da leitura bíblica”. Torna-se espontâneo perguntar agora: O que quero dizer a Deus depois de ter meditado o texto bíblico? Esse é o momento de “rezar” e responder a Deus depois de ter escutado a sua palavra.

9º PASSO: (Atitude) Nesse momento iremos, através de tudo aquilo que foi meditado e orado fazer um comprometimento para a semana, dia, ano e etc.

É o momento de seguirmos aquilo que nos foi dito por Deus, na leitura bíblica.

10º PASSO: (Meditatio) É raro de acontecer, não depende de você e sim de Deus, não sabemos se vai acontecer ou se vai acontecer.

É o momento de sentir Deus presente do seu lado na figura da palavra de Deus . É algo inexplicável, você entra em comunhão com cristo.


*MANTRA: Algum trecho do evangelho, salmo... EX:

1- Vinde espírito santo...

2- A luz do senhor que vem sobre a terra imunda o meu ser permanece em nós...

3- Pai nosso, somos teus filhos, somos irmãos...

4- Vem espírito santo vem, vem sobre nós, como em pentecostes vem lavar meu viver...

5- O senhor é a minha luz e minha salvação a quem temereis...

Beata Madalena Morano FMA (Festa: 15/11)

1847-1908

Madalena Catarina Morano nasceu em Chieri, na província de Turim, Itália, no dia 15 de novembro de 1847. Aos 8 anos, perdeu o pai, Francisco, e começou a ajudar a mãe no traba­lho. Retomou os estudos graças ao tio, que era padre. A professora a encarregava de ajudar as menorzinhas.

Entretanto, encontrou-se pela primeira vez com Dom Bosco, que estava de passagem por Buttigliera d' Asti. Madalena sentiu-se incli­nada ao magistério e, aos 17 anos, conseguiu o diploma de professo­ra. Com 19 anos, começou a lecionar em Montaldo Rotinese, o que faria com diligência e competência por quatorze anos, conquistando o respeito e a estima de todo o povoado.

Madalena se aconselhou com seu diretor espiritual. Com suas economias, comprou uma casa para a mãe. Em seguida, foi conver­sar com Dom Bosco, que a encaminhou a Mornese, onde Madre Mazzarello a acolheu com festa. Foi imediatamente encarregada de ensinar. Em 1880 se consagrou a Deus com os votos perpétuos e pediu a Deus a graça de "permanecer em vida enquanto não com­pletasse a medida da santidade".

Em 1881, a pedido do arcebispo de Catania, Madalena foi enviada para dirigir a nova obra de Trecastagni. Por quatro anos, dirigiu, en­sinou, lavou, cozinhou. Era catequista, mas, sobretudo, testemunha, a ponto de as meninas começarem a bater à sua porta, dizendo: "Que­remos ser como a senhora".

Depois da pausa de um ano em Turim, onde dirigiu a casa das Filhas de Maria Auxiliadora de Valdocco, voltou à Sicília como Visi­tadora, diretora e mestra das noviças. Tinha a missão de fundar no­vas casas e formar irmãs santas. Voltando constantemente "um olhar para a terra e dez para o céu", abriu escolas, oratórios, internatos e oficinas em muitos lugares da ilha.

Surgiram numerosas vocações, atraídas pelo seu zelo apostólico e pelo clima de comunhão que se lhe criava em torno. Seu múltiplo apostolado era apreciado e encorajado pelos bispos. Em Catania, confiaram-lhe a Obra dos Catecismos, a fundação de novos oratórios e o Internato Magisterial.

Devotíssima de São José e de Maria Auxiliadora, que a guiaram nas novas fundações, conseguiu assimilar fielmente o carisma de Dom Bosco e o Sistema Preventivo. Com a saúde minada por um tumor, morreu em Catania no dia 26 de março de 1908. À sua morte, as casas da Sicília eram 18, as irmãs 142, as noviças 20, as postulantes 9. Seu corpo é venerado em Ali Terme (Catania).

JOÃO PAULO II DECLAROU-A VENERÁVEL EM 1º DE SETEMBRO DE 1988

BEATIFICOU-A EM 5 DE NOVEMBRO DE 1994.


Fonte: www.sdb.org

17 de nov. de 2010

Retiro em preparação para o Pré- noviciado (2/11/2010)

No feriado de finados, a comunidade do Aspirantado "São Domingos Sávio" realizou, nas dependências do Sitio do Vovô (Santa Isabel) o retiro em preparação para o Pré-Noviciado.


O momento de reflexão contou com palestras presididas pelo Pe Dilson SDB (Diretor da Comunidade do pré-Noviciado); e a redação das cartas pedindo o ingresso na nova fase formativa.


Festa de Ação de Graças marca noite no Aspirantado

A Comunidade "São Domingos Sávio" realizou no dia 30 de outubro de 2010, a comemoração em ação de graças a festa da primavera.



O evento contou com a presença dos Salesianos Cooperadores, Aspirantes e comunidade local.




Niver Doglas & Rafael (31/10/2010)


No dia 31 de Outubro a comunidade "São Domingos Sávio" estava em FESTA !!!

O Nossos queridos irmãos comemoraram mais anos de vida... Rafael - 19 Anos Doglas - 25 Anos

.Desejamos ao nossos queridos irmãos que Deus os abençoe para que eles continuem sendo excelentes companheiros,PARABÉNS !!!

14 de nov. de 2010

Ser Santo ainda é "Possivel"



Num dia em que jogava tênis, quando tinha 17 anos, Chiara Badano (1971-1990) começou a sentir dores muito fortes. Era o início da doença que meses depois a levaria à morte. “Por ti, Jesus, se o queres, eu também quero!”, eram as palavras que repetia durante sua morte.

Chiara pertencia ao Movimento dos Focolares, fundado na Itália por Chiara Lubich, em 1943. Foi beatificada neste sábado, dia 25 de Setembro às 16h, no santuário do Divino Amor, em Roma, em uma cerimônia presidida por Dom Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, em representação do Papa Bento XVI.

Conheça um pouco mais da vida dessa nossa Jovem Beata: VIDEO YOUTUBE


Fonte: radiosinalverde.blogspot.com

29 de out. de 2010

Pe Miguel Rua (Festa: 29/10)

Vídeo: Padre Miguel Rua

Miguel Rua nasceu em Turim, Itália, em 9 de junho de 1837. Ultimo de nove filhos, perdeu o pai quando tinha 9 anos de idade. Estudou com os Irmãos das Escolas Cristãs até a ter­ceira série elementar.

Deveria ter começado a trabalhar na Régia Fábrica de Armas de Turim, onde o pai era operário, mas Dom Bosco - que aos domingos confessava naquela escola -lhe propôs continuar os estudos com ele, garantindo-lhe que a Providência pensaria nas despesas.

Um dia, Dom Bosco distribuía medalhas a seus meninos. Miguel era o último da fila e chegou tarde, mas o ouviu dizer: "Toma, Miguelzinho!". O padre, porém, não lhe deu nada. Entretanto, acres­centou: "Nós dois faremos tudo à meia", e assim realmente foi.

Colaborador na Companhia da Imaculada junto com Domingos Sávio, foi aluno modelo, apóstolo entre os colegas. Dom Bosco lhe disse: "Preciso de ajuda. Você vestirá a batina dos clérigos, está de acordo?". "De acordo!", respondeu. No dia 25 de março de 1855, no quarto de Dom Bosco, Miguel emitiu nas mãos do Fundador os votos de pobreza, castidade e obediência. Era o primeiro salesiano.

Miguel começou a trabalhar intensamente: ensinava matemática e religião. Assistia no refeitório, no pátio, na capela. À noite, passava a limpo as cartas e as publicações de Dom Bosco. Finalmente, estu­dou para se tornar padre. Tinha só 17 anos!

Foi-lhe entregue também a direção do Oratório Festivo São Luís. Em novembro de 1856, morreu Mamãe Margarida. Miguel foi visitar sua própria mãe e lhe disse: "Mamãe, a senhora quer vir para o ora­tório?". Joana Maria veio, e também nisso a família Rua fez meio-a­meio com a família Bosco. Ficou em Valdocco por vinte anos.

Em 1858, o clérigo Rua acompanhou Dom Bosco na audiência do Papa Pio IX para a aprovação das Constituições. Na volta, foi-lhe con­fiada a direção do primeiro oratório em Valdocco. No dia 28 de julho de 1860 foi ordenado sacerdote. Dom Bosco lhe escreveu um bilhete:

"Você, mais do que eu, verá a Obra Salesiana atravessar os confins da Itália e estabelecer-se no mundo". Pe. Rua foi posto à frente da primei­ra casa salesiana fora de Turim, em Mirabello. Poucos anos depois vol­tou a Valdocco, substituiu e assistia a Dom Bosco em tudo.

Em novembro de 1884, Leão XIII nomeou Pe. Rua vigário e suces­sor de Dom Bosco. Quatro anos mais tarde, o Santo morreria em seus braços. A essa altura, Pe. Rua já era considerado uma Regra viva. Mostrava-se paterno e amável, como Dom Bosco. Consolidou as mis­sões e o espírito salesiano.

Morreu no dia 6 de abril de 1910, com 73 anos. Com ele, a Socieda­de Salesiana tinha passado de 773 a 4 mil salesianos. E as inspetorias, de 57 a 345, em 33 países. Paulo VI o beatificou, dizendo: "Da fonte, ele fez um rio".

PAULO VI DECLAROU-O VENERÁVEL EM 26 DE JUNHO DE 1953

BEATIFICOU-O EM 29 DE OUTUBRO 1972 .

18 de out. de 2010

Capítulo 3: A espiritualidade juvenil salesiana

Dom Bosco nasceu em 1815 na Itália. Desenvolveu sua obra na segunda metade do século 19. Criou colégios, paróquias, oratórios, escolas profissionais, com uma única preocupação: a educação e evangelização da juventude, sobretudo a mais pobre e abandonada.

A motivação profunda de Dom Bosco era a convicção de que Deus quer o bem de todas as pessoas, quer a salvação de todos. Deus é o bom pastor que cuida carinhosamente de cada uma de suas ovelhas, tendo especial carinho por aquelas mais fracas e em situação de risco.

Inspirado em Dom Bosco e motivado por ele, nasceu um vasto movimento de pessoas e de ações com um único objetivo: trabalhar pelo bem de todos, sobretudo os jovens mais pobres e abandonados.

No ano de 1837, em Mornese, nasceu Maria Mazzarello. Em comum com Dom Bosco, ela tinha a mesma paixão por Deus e pela juventude. Orientada por ele, fundou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora.

O jeito com que eles enxergavam e procuraram realizar sua missão é o que chamamos de espiritualidade. Espiritualidade não é algo abstrato: é o modo de ser e de viver, baseado em determinadas crenças e valores fundamentais.

Na medida em que foram realizando seu trabalho, Dom Bosco e Madre Mazzarello desenvolveram um jeito característico de educar. Eles procuraram cuidar para que seu jeito estivesse presente em suas obras, mesmo quando eles próprios não estavam presentes. Reuniram as principais características de seu estilo de educar no chamado Sistema Preventivo. É nele que encontramos os traços característicos da espiritualidade juvenil salesiana.

Crenças da espiritualidade juvenil salesiana

· Toda pessoa é criada para o bem. Essa crença nasce da certeza de que todos somos filhos de Deus, criados à sua imagem e semelhança. Se existem em nosso meio pessoas sofrendo, marginalizadas, não é porque foram criadas assim. Dessa crença nascem o desejo e a força de se empenhar para que todos tenham vida e a tenham em abundância.

· Deus está presente em nossa história e nos espera para um encontro com Ele. Em Jesus Cristo, Verbo Encarnado, Deus assumiu nossa condição, nossa história; é na realidade histórica que devemos buscá-lo. Como conseqüência, a espiritualidade salesiana é espiritualidade do cotidiano.

· A vida é dom de Deus e tem valor insubstituível. Por ser dom de Deus, a vida adquire valor inestimável. Deve ser valorizada, cultivada, defendida em todas as formas.

· Estamos caminhando para o bem. Na ressurreição de Jesus, o mal foi vencido.Nosso destino é a realização em Deus. A espiritualidade salesiana é otimista, acredita na força do bem, acredita que o mundo todo está em evolução.

· A educação se dá na relação. Dom Bosco privilegiava o contato entre educador e educando. A educação não acontece senão pelo relacionamento entre as pessoas.

Valores da espiritualidade juvenil salesiana

· A vida, lugar onde se faz experiência de Deus. Dom Bosco era uma pessoa prática, gostava das coisas concretas. Isso se refletia também em sua maneira de se relacionar com Deus. Para ele, o lugar de se experimentar Deus é na vida do dia-a-dia. De Madre Mazzarello afirmava a sua amiga Petronilla: “Maria não só pensava continuamente em Deus, mas vivia a sua presença e, mais ainda, vivia amorosamente unida a Ele. Trabalhando em casa, andando pelas estradas, atendendo ativamente aos trabalhos dos vinhedos, o seu pensamento perdia-se em Deus”. Dizia Madre Mazzarello: “A verdade piedade consiste em cumprir todos os nossos deveres a tempo e lugar e só por amor de Deus”. Essa espiritualidade nos ajuda também a viver e enfrentar os momentos difíceis: a cruz é também caminho de ressurreição; não significa acomodação.

· A oração salesiana. A espiritualidade sustenta-se na oração. Dom Bosco rezava sempre: tudo o que vivia, tudo o que fazia pelos jovens, era expressão de seu intenso amor por Deus e pelos jovens; era a oração do cotidiano. Madre Mazzarello dizia: “Falem muito com o Senhor. Carregando cal ou costurando, trabalhando na vinha ou brincando no pátio, era importante estar na escuta do Senhor”. Quando falamos da oração do cotidiano, de perceber Deus na vida, não queremos diminuir a intensidade da oração. Ao contrário, os momentos explícitos são importantes e necessários, mas não podem ser somente esses.

· Somos gente de festa. A festa, a alegria, são características típicas da espiritualidade salesiana. Não uma alegria vazia, mas que brota de quem está contente com a vida porque sabe que ela, por mais dificuldades que apresente, é um dom de Deus. Alegria que nasce como expressão espontânea daquele que se sente amado e é capaz de amar, reflexo de quem se sente constantemente querido por Deus.

· A vida como vocação. Ninguém foi criado por acaso. Deus nos quis e nos chamou pessoalmente à vida; nos criou para a vida. Somos chamados a ser co-criadores com o Senhor; chamados a ser geradores de vida; chamados a lutar contra tudo aquilo que representa ameaça à vida. Nos acontecimentos e sinais do dia-a-dia, nas urgências e necessidades que se nos apresentam, vamos percebendo as oportunidades concretas de resposta. O que não podemos é nos fechar em nós mesmos. Queremos dignidade e plenitude de vida não apenas para nós, mas para todos.

· Acolhida do outro. A acolhida não é uma questão de palavras. É um clima que se sente, um estado de espírito que é percebido além do que se diz. É capaz de acolher quem percebe o outro como valor. É capaz de acolher quem não é auto-suficiente. Só é capaz de acolher quem é capaz de amar. Dom Bosco expressava a acolhida no que ele chamava de “clima de família”, um ambiente marcado pela descontração, pela espontaneidade (o que não pode ser confundido com ausência de normas ou regras). Existe clima de família quando as pessoas sentem-se bem, sentem-se em casa.

· Comunhão eclesial. A comunhão com a Igreja em todos os níveis – mundial, diocesana, paroquial – é característica da espiritualidade salesiana. A AJS não deve ser uma organização paralela, independente, auto-suficiente em relação às organizações e dinamismos pastorais locais. Por isso, a AJS procura articular-se com os diversos organismos e pastorais existentes no ambiente em que está inserida, levando para lá a originalidade e a riqueza do carisma salesiano.

· Amor a Maria. A vida nos mostra que somos repletos de incertezas, de dúvidas, de medos. Nessas horas, desejamos e buscamos a mão de alguém que nos ampare, conforte, dê segurança. Essa experiência ajudou a espiritualidade salesiana a redescobrir Maria e a relançar o grande amor a Maria que a Família Salesiana herdou de Dom Bosco e de Madre Mazzarello. Aprendemos a reconhecê-la como Auxiliadora: vivemos momentos de transformações e incertezas e Maria nos indica o caminho a percorrer e nos infunde esperança. Maria é Auxiliadora porque nos mostra o rosto de uma cristã realizada e comprometida. Maria é mulher fiel até à cruz, como pede Jesus a quem tem coragem de compartilhar sua causa.

· Cidadania evangélica. Deus está a nos esperar para um encontro com Ele nas situações concretas da vida dos jovens. Somos chamados a estar presentes significativamente na comunidade humana organizada, colaborando com a ação salvífica de Deus. Somos chamados a nos inserirmos em diferentes ambientes culturais, educativos, políticos: a participação nessas realidades é exigência da própria espiritualidade salesiana, que acredita que Deus se manifesta e salva a todos nós, servindo-se também de nossas ações e de nosso empenho.

Fonte: www.salesianos.com.br

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